sábado, 27 de outubro de 2007

Bombeiros da Guarda promovem jornadas de esclarecimento

A Federação de Bombeiros do Distrito da Guarda (FBDG) vai promover umas jornadas para esclarecer situações de relacionamento entre comandantes e directores dos corpos de bombeiros e evitar demissões, anunciou hoje o seu presidente.
Madeira Grilo falava à Agência Lusa após a direcção do portal bombeirosdistritoguarda.com ter divulgado que sete das 23 associações de bombeiros do distrito estão «sem comandante», tendo alguns apresentado a demissão por alegadas divergências com os dirigentes das instituições.
«Nunca o distrito esteve perante tal situação», sublinha Filipe Gonçalves, administrador do portal na Internet, dando conta que o panorama atinge as corporações de Seia, Vila Nova de Tázem, Gouveia, Melo, Figueira de Castelo Rodrigo, Pinhel e Famalicão da Serra (esta última criada recentemente).
O dirigente refere que o último caso é a demissão de Armindo Sousa do comando dos voluntários de Gouveia, por «divergências com a direcção da associação».
«Nestes últimos meses temos assistido à demissão sistemática de comandantes no distrito da Guarda», acrescenta, sublinhando que a principal causa estará relacionada com o facto «de haver divergências entre as direcções dos corpos de bombeiros».
Confrontado com este alerta, o presidente da FBDG, Madeira Grilo, disse ser «mentira» que a totalidade daqueles comandantes tenha saído por divergências com as respectivas direcções.
Madeira Grilo apontou, nomeadamente, o caso do comandante de Vila Nova de Tázem, Seara Pires, que abandonou funções para exercer o cargo de segundo comandante operacional distrital de socorro.
Madeira Grilo deixa também claro que, neste momento, «não há nenhum corpo de bombeiros sem comandante, todos têm comandante, porque logo que sai um, fica outro nomeado, nem que seja o bombeiro mais velho. Mas, como regra, são os segundos comandantes que sobem a primeiros».
O presidente da federação da Guarda assegura que os corpos de bombeiros do distrito «não estão em crise, têm comandantes», apontando que a denúncia feita pelo portal bombeirosdistritoguarda.com «é para dizer que não há unidade, nem coordenação ou disciplina», embora reconheça que nalgumas instituições «há alguns problemas» entre comando e direcção, que são do conhecimento da federação.
«Entendo que os problemas se encontram sempre na zona, que eu considero cinzenta, onde o comandante não deve meter o pé e a direcção também não», opinou.
Madeira Grilo defende que «essas invasões», que não especificou, «têm que ser disciplinadas e corrigidas».
Para tal, anunciou que a federação tenciona promover, «ainda este ano», umas jornadas destinadas a dar formação aos elementos de comando e dos órgãos sociais das associações de bombeiros voluntários.
«Estamos à espera que a Liga de Bombeiros nos marque o dia para podermos tratar de alguns problemas, como esse do relacionamento entre comandantes e directores», afirmou.
«É necessário fazer-se essa iniciativa, porque entendemos que é preciso que toda a gente aprenda, que esteja devidamente informada ao desempenhar as funções que lhe estão atribuídas», acrescentou.

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