sexta-feira, 25 de abril de 2008

Ministro assegura meios aéreos

O ministro da Administração Interna, Rui Pereira, assegurou quinta-feira à noite que, na fase de maior risco de incêndio haverá 56 meios aéreos disponíveis para o combate aos fogos.

"Com maiores ou menores dificuldades, o que posso garantir é que na fase de maior risco, na fase Charlie (entre 01 de Julho e 30 de Setembro), iremos dispor de 56 meios aéreos", afirmou à agência Lusa o ministro Rui Pereira.

Admitindo que "nem sempre é fácil alugar meios aéreos", explicou que por isso mesmo "o governo tomou uma decisão de constituir uma empresa de meios aéreos para garantir um mínimo de autonomia ao Estado em matéria de missões de segurança interna e de protecção civil".

"Constituímos uma empresa de meios aéreos, a EMA, e temos nove meios aéreos próprios que incluem seis helicópteros pesados que desenvolvem missões de combate a incêndios mas também podem desenvolver outras missões de segurança e protecção civil como no decurso da Presidência Portuguesa da União Europeia", disse.

"Esses meios da EMA não chegam para suportarmos o esforço de combate aos incêndios, sobretudo na fase de maior risco e nós comprometemo-nos a apresentar na fase de maior risco 56 meios aéreos e é isso que faremos", sublinhou o ministro que falava nas Caldas da Rainha, no final da cerimónia de apresentação do dispositivo de combate aos incêndios florestais do Distrito de Leiria.

O ministro disse ainda durante a sua intervenção perante o dispositivo que além dos 56 meios aéreos haverá no país 2.300 viaturas e mais de 9.600 homens disponíveis para o combate a incêndios.

Rui Pereira, que esteve acompanhado pelo secretário de Estado da Protecção Civil, José Miguel Medeiros, e pelo secretário de Estado do Desenvolvimento Rural e das Florestas, Ascenso Simões, vai percorrer, até 04 de Maio, todos os distritos do País para apresentar as medidas de prevenção e de combate aos incêndios florestais.

Quanto aos meios humanos, além das corporações de bombeiros, o dispositivo operacional vai contar também com o Grupo de Intervenção de Protecção e Socorro (GIPS) da GNR, unidade preparada para acções de prevenção e de intervenção de primeira linha.

Actualmente, o Grupo de Intervenção de Protecção e Socorro está presente em 11 distritos e conta com um efectivo de 720 elementos.

O combate aos incêndios florestais vai contar ainda com a Força Especial de Bombeiros "Canarinhos", composta por um conjunto de 210 efectivos, distribuídos por sete distritos considerados de elevado risco.

O ministro Rui Pereira explicou que "o compromisso é associar o esforço dos bombeiros voluntários, que é um esforço indispensável porque são o primeiro elemento de proximidade relativamente às populações com o esforço dos bombeiros profissionais".

"Em termos de contratação nada deixaremos a descoberto. Asseguraremos que as remunerações serão pagas em regime de contrato de trabalho a todos esses bombeiros" da força especial de bombeiros.

Por seu lado, o secretário de Estado da Protecção Civil, José Miguel Medeiros, adiantou à Lusa que vai ser celebrado um protocolo com o Instituto Superior das Ciências do Trabalho e da Empresa (ISCTE) para o estudo do enquadramento legal dos "Canarinhos".

O Instituto vai "desenhar até ao final do ano o modelo de como estes bombeiros ficarão integrados porque o socorro tem vindo na evoluir do voluntariado para a profissionalização e estas pessoas têm que ser enquadradas", disse José Miguel Medeiros.

De acordo com o MAI, para este ano foram ainda criadas Equipas de Intervenção Permanente, que vão "elevar o nível de prontidão e resposta em situações de socorro e emergência às populações dos concelhos com maior nível de risco".

Também ao nível do reforço dos meios humanos, Portugal pode contar já este ano com mais duas Brigadas de Sapadores Florestais.

O dispositivo é coordenado pela Autoridade Nacional de Protecção Civil, através do seu Comando Nacional e Comandos Distritais de Operações de Socorro.

No domínio da prevenção e do combate aos incêndios florestais, o Governo decidiu criar a fase "ECHO", que vai cobrir o período de 16 de Outubro a 31 de Dezembro, para que existam meios disponíveis durante todo o ano para a eventualidade de incêndios florestais.

Além da "Echo", o dispositivo de combate a incêndios florestais compreende, igualmente, as fases "Alfa" (01 Janeiro a 14 de Maio), "Bravo" (15 de Maio a 30 de Junho), "Charlie" (01 de Julho a 30 de Setembro) e "Delta" (01 de Outubro a 15 de Outubro).











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