Persistência de temperaturas baixas por tantos dias não é comum em Portugal.
Têm frio? Então preparem-se: as temperaturas vão manter-se baixas
durante mais uma semana. A culpa, como sempre, é do anticiclone. Mas não
é o dos Açores, mas sim um centro de altas pressões atmosféricas que
estacionou mais ou menos sobre o Reino Unido e dali não arreda pé.
O anticiclone está a trazer ar seco e frio do Norte da Europa para o
Sul. Com pouca humidade no ar, o termómetro varia mais ao longo do dia,
descendo para valores muito baixos durante a noite. A situação vai-se
manter, com algumas variações, pelo menos até ao dia 10 de Dezembro.
Para esta terça-feira, o Instituto Português do Mar e da Atmosfera
(IPMA) prevê temperaturas negativas ou próximas de zero no interior
Norte e Centro.
Bragança, por exemplo, terá uma mínima de dois graus Celsius negativos. A
máxima chegará aos 11 graus. Na Guarda, o termómetro irá variar menos,
entre zero e seis graus. No Porto, estará entre quatro e 15 graus, em
Lisboa entre cinco e 14 e em Faro entre nove e 17.
Apesar dos valores baixos, o país não está a enfrentar uma onda de frio,
no sentido técnico do termo – ou seja, termómetros cinco graus abaixo
da média, durante pelo menos seis dias consecutivos. O que torna a
situação actual singular é o tempo que ela está a durar. “Não é por os
valores serem muito baixos. O mais significativo é a sua persistência”,
explica a meteorologista Ângela Lourenço, do IPMA.
Mesmo
sem onda de frio oficial, nas duas últimas semanas os termómetros
registaram valores semelhantes a apenas 10% dos registados noutros meses
de Novembro. Bragança teve, no mês passado, uma mínima de 5,2 graus
negativos, Vila Real registou 1,5 graus negativos e o termómetro desceu
abaixo de zero também em Castelo Branco (0,6 graus negativos) e Évora
(0,3 graus negativos). A mínima em Lisboa em Novembro foi de 5,3 graus e
no Porto de 2,1 graus.
A temperatura não diz tudo. Contando com o vento e a humidade, os
portugueses têm enfrentado desde um “frio ligeiro” a um “frio elevado”,
segundo o Índice Térmico Universal, uma das muitas formas de se calcular
a sensação térmica, com base em dados como a temperatura, vento e
humidade do ar. A reacção ao frio é, ela própria, distinta em diferentes
pontos do país. “Por exemplo, a população de Bragança suporta melhor o
frio do que a população de Lisboa”, refere uma nota de imprensa do IPMA.
Seja como for, nas previsões do IPMA, o frio está para ficar. “A
situação está estacionária e vai continuar mais ou menos assim até ao
dia 10”, afirma Ângela Lourenço. “Vai haver algumas oscilações, mas os
dias vão ser muito semelhantes”.
A Autoridade Nacional de Protecção Civil recomenda uma série de cuidados
a ter em relação ao frio, em especial quanto aos riscos de se
utilizarem lareiras e braseiras, sem adequada ventilação. A Protecção
Civil chama também a atenção para a possibilidade de formação de gelo
nas estradas.
fonte:publico
Bombeiros de Foz Côa - Tel. 279 768 100; email - bombeirosdefozcoa@hotmail.com
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